sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O melhor e o pior de 2015

Os escolhidos do Experiência Nerd


O ano de 2015 pode ter sido difícil política e economicamente, mas para o mundo do entretenimento foram 12 meses prolíficos. Cinema, TV, quadrinhos, música e games tiveram momentos importantes, feitos para entrar para a história (mesmo que pelos motivos errados). Para celebrar, o Experiência Nerd escolheu os seus títulos favoritos do ano e algumas decepções.

Cinema


Mad Max - A Estrada da Fúria

Ópera rock, metais e mutantes no outback, no melhor estilo George Miller. Sua influência será sentida durante anos.

Fusão perfeita entre arte e entretenimento. Uma representação visual de temas contemporâneos e da evolução do cinema como uma ferramenta para discussões sociais e tecnológicas. E ao lado disso, nunca esquece da importância de divertir o espectador.

As melhores cenas de ação do ano (com efeitos práticos), que tiraram o fôlego de qualquer um. E ainda testemunhamos o poder das mulheres!

Cheio de ação do início ao fim, Mad Max apresenta uma das melhores personagens femininas do ano, com motivações reais e uma determinação sem fim. Emperator Furiosa é um exemplo de construção de narrativa.

Star Wars: O Despertar da Força

A cada momento chave, a cada aparição de um personagem antigo, eu voltava a ser criança. E não há nada de errado com isso!

Uma aula de como trazer de volta um nome consagrado da cultura pop, reverenciando o passado e olhando para o futuro ao mesmo tempo.

Ex Machina

Se Mad Max encabeça a lista de melhores do ano pela grandiloquência, por fazer um cinema de ação empolgante e transfomador, e Star Wars está na lista por restabelecer com louvor a franquia mais amada da sétima arte, Ex Machina entra no top 3 por fazer uma ficção científica digna do legado de 2001: Uma Odisseia no Espaço. Tecnológica, fantástica e filosófica. Infelizmente saiu apenas em DVD no Brasil.

Filme britânico guarda a artificialidade para a personagem de Alicia Vikander e reflete sobre a humanidade com naturalidade.

Divertida Mente

O retorno da Pixar à boa forma. Bing Bong levando todos nós às lágrimas (principalmente quando revi o filme e percebi a presença do personagem na vida de Riley). Além disso, a relação entre Alegria e Tristeza é da amizade mais pura, aquecendo o coração.

Ponte dos Espiões

O melhor dos dois Spielbergs: o velho mestre dos filmes lúdicos de gênero e o cineasta preocupado com o valor da palavra.

Birdman (Ou a Inesperada Virtude da Ignorância)


Como o título alternativo diz, o filme tem coisas inesperadas e bem corajosas. Empolga como poucos filmes fazem hoje em Hollywood.

Séries e TV


Mad Men

Pelo conjunto da obra, embora a última temporada não tenha sido a melhor.

Não foi a melhor temporada, mas manteve a qualidade de uma das melhores produções que a TV já produziu. Não sei se teremos outra assim tão cedo.

Fargo

Deixando de lado de vez a trama do filme, a segunda temporada de Fargo explora um novo massacre no interior de Massachussets. Com direito a aparição de OVNI inexplicado, Noah Hawley aprende com os produtores irmãos Coen e entrelaça todas as vidas dos personagens com maestria.

A segunda temporada mantém a essência do longa original mas cria personalidade única, alternando momentos absurdos e intimistas.

Game of Thrones

É o representante maior da cultura pop na televisão. Produção de primeira grandeza, a série extrapola o esmero técnico com um trabalho de roteiro e adaptação acima da média para qualquer seriado da atualidade.

Jessica Jones

Um marco de representatividade nas produções da Marvel e de super-heróis.

W1A

A série da BBC que tira sarro da BBC é inteligente e sarcástica na medida certa.

Mr. Robot

Nos primeiros minutos do episódio-piloto você já percebe que algo grandioso viria dali. E veio. O 'Clube da Luta' hacker foi a grande surpresa de 2015.

The Leftovers

The Leftovers não tem problema em manter um mistério pelo bem da narrativa, sem vergonha de deixar o espectador curioso por episódios. Tudo isso, no entanto, sem deixar qualquer buraco na trama principal. Foi a série que também apresentou o melhor episódio do ano, 'International Assassin'.

The Knick

Visualmente impecável, The Knick apresenta tramas complexas e pesadas sem medir palavras. De racismo, machismo, traições, vícios, entre outros, a série aborda tudo de maneira simples e direta, ao mesmo tempo em que explica inúmeros vícios de hoje em dia. Sob a direção de Steven Soderbergh, Clive Owen, André Holland e principalmente o "vilão" Eric Johnson entregam brilhantes atuações.

Bojack Horseman

Incrível como uma série com tantas situações absurdas (como um cavalo humanoide) consegue nos fazer pensar sobre nossas vidas e nossas atitudes. Inteligente e divertida na medida certa.

Master of None

Aziz Ansari pode não ser o melhor dos atores, mas as crônicas criadas ao lado de Alan Yang sobre gerações, tecnologia, raça, gênero e relacionamentos são retratos precisos dos novos tempos. É a escola Woody Allen de observação do mundo, trocando a hipocondria pela busca obsessiva por um aplicativo para encontrar um lugar perfeito para comer.

Games


Star Wars Battlefront

Nunca gostei de multiplayer... até queimar os pés nas areias escaldantes de Tatooine e entender, graças ao valor agregado da saga, por que as pessoas se divertem tanto se detonando nos servidores.

Batman Arkham Knigth

Jogo termina a saga com dignidade, mas por problemas na versão de PC acabou nem entrando pra lista de melhores do ano, o que é bem ruim, já que todos os seus antecessores sempre entraram mesmo não ganhando. Ao mesmo tempo, a parte boa disso tudo é que as empresas e desenvolvedoras responsáveis por jogos pensarão duas vezes antes de lançar um jogo bugado e injogável em uma plataforma.

Bloodborne

Bloodborne recompensa os jogadores mais dedicados, sem esquecer de ensinar de forma didática aos leigos. Uma mistura de mecânicas modernas com um sentimento de jogo retrô, quando a dificuldade estava atrelada às limitações técnicas, mas que formaram os pilares de gêneros como plataforma e adventures.

The Witcher 3

O RPG polonês não só trouxe uma história complexa e personagens marcantes mas criou um modelo a ser seguido pelo gênero.

Metal Gear Solid V: The Phantom Pain

O último jogo de Hideo Kojima na Konami é uma das visões mais ambiciosas e inovadoras no gênero de mundo aberto, um dos principais dos games na atualidade.

Alto's Adventure

Viciei em fazer os personagens descerem a montanha de snowboard, pulando e dando backflips atrás de lhamas.

Quadrinhos


Batman - Endgame

A coragem de Scott Snyder em revisitar histórias clássicas e reverter o status que do Batman atingem seu melhor momento em Endgame. Toda a encenação protagonizada pelo herói e pelo Coringa é digna de entrar para as melhores histórias do Homem-Morcego.

Ms. Marvel

O nascimento de uma grande heroína e a combinação perfeita de uma mitologia americana com estéticas importadas da Europa e do Japão.

Saga

Brian K. Vaughn faz a melhor série da atualidade, com diálogos que saem naturais das bocas dos personagens mesmo em situações bizarras.

Fables #150

A última edição da série de quadrinhos que levou personagens de fábulas para o nosso mundo comoveu e fechou o seu arco geral com maestria.

Sandman Overture

Gaiman sendo Gaiman. Para saudosistas.

A saga do Montro do Pântano

A passagem de Alan Moore pelos pântanos da Louisiana é da década de 80 e a Panini começou a republicar as histórias em 2014, mas o Livro Três, com a primeira aparição de John Constantine, chegou às bancas brasileiras em 2015. Além disso, o texto de Moore, ornado pelo traço de nomes como Stephen Bissette e John Totleben, é atemporal. Arte sempre fresca, pronta para encontrar novos leitores.

Música: Melhor Disco


In Colour - Jamie xx

Pop e sofisticado na medida.

How Big, How Blue, How Beautiful - Florence & The Machine

Seguros pra experimentar e fazer um pop bem polido, o Florence and The Machine evolui consideravelmente neste novo álbum. Do início ao fim, uma sucessão de faixas bem trabalhadas e com apelo sem vergonha para multidões.

The Magic Whip - Blur

Álbum que traz muito do que os fãs de britpop curtiam e tantas outras novidades.

Carrie & Lowell - Sufjan Stevens

Talvez o trabalho mais melancólico de Stevens seja também o seu mais intimista e belo, com letras sinceras e marcantes que destoam de seus outros trabalhos.

Currents - Tame Impala

Em seu terceiro disco, a banda atinge a maturidade e mostra que vai muito além da psicodelia.

Smoke + Mirrors - Imagine Dragons

Depois do sucesso de Radioactive, a banda veio com um disco mais maduro, que não tem medo de apostar em novas batidas e formas de passar sua mensagem. A música de abertura, 'Shots', é uma viagem.

25 - Adele

Qualidade também foi quantidade para Adele em 2015. Seu retorno após quatro anos de ausência mostrou que a diva pop ainda tem força e talento, resultando em um novo álbum que quebrou recordes atrás de recordes.

Música: Melhor Show


Foo Fighters

Carisma é a palavra para definir o show do Foo Fighters. Diferente de outras bandas, que parecem subir ao palco só para cumprir agenda, Dave Grohl e seus colegas se divertem no show, interagem com o público, sem deixar de lado a boa música. Vale repetir. De pista premium.

O showman Dave Grohl mostrou que o Rock está mais vivo do que nunca em três horas de repertório impecável, covers clássicos, muita chuva e até pedido de casamento!

Pearl Jam

Pearl Jam poderia passar apenas uma hora e meia em cada show que seu séquito de fãs estaria satisfeito. Ao invés disso, a banda entrega um espetáculo de três horas com surpresas e invencionices de última hora. Um verdadeiro símbolo do rock.

Florence and the Machine

Florence me ganhou assim que entrou no palco, derramando carisma com sua performance teatral que só melhora as músicas.

Mac DeMarco

Misturando bem faixas clássicas como Chamber of Reflection com as de Another One, seu álbum mais recente, o músico levou uma multidão de fãs à loucura.

Queen + Adam Lambert

O ex-American Idol não é Freddie Mercury, mas fez jus ao posto na Cidade do Rock durante o Rock in Rio 2015.

Piores do ano


A vaca ir pro brejo, a economia deslizar com ela e absolutamente tudo ficar mais caro e difícil no entretenimento no Brasil.

Filme: Exterminador do Futuro - Gênesis

O trailer que contou a história inteira e tirou de mim qualquer vontade de ver o filme.

Nada me incomoda mais do que filmes que subestimam sua audiência, e a franquia Exterminador fez isso mais uma vez. Melhor parar por aqui.

Filme: Minions

O carisma dos personagens fizeram com que os Minions se multiplicassem por aí, mas a animação em si, com seu roteiro fraco e insosso, subestima a inteligência até das crianças.

Série: W/ Bob and David

A mistura entre os astros de Better Call Saul e Arrested Development resultou em piadas datadas e esquetes longas demais. A conclusão é que os dois funcionam melhor separados.

Disco: Wake Up! (Papa Francisco)

É um marco e uma quebra de paradigma que um Papa faça um disco de Rock Progressivo? SIM. Significa que temos que ouvir discursos com solos de guitarra? Não.

Filme: O Sétimo Filho

Pior filme.

Trailer: Homem-Formiga (primeiro trailer)

Sem saber se quer ser engraçado ou sério, o trailer faz parecer que o filme da Marvel é ruim.

Game: The Order - 1886

O título da Ready at Dawn só é lindo, mas não tem nenhuma substância por trás do visual. É ruim de jogar e ruim de assistir. Pior game.

Filme: Jurassic World

A única criatura jurássica que descreveria esse filme é o Desnecessauro.

Filme: Pixels

Tosco e sem graça, o filme de Adam Sandler faz um desserviço aos games retratados na telona.

Série: Heroes Reborn

Uma série de 2005 que estreou em 2015.

Disco: Wilder Mind (Mumford & Sons)

O Mumford plugou as guitarras no amplificador e perdeu o que tinha de melhor no processo.

Show: Rihanna no Rock in Rio 2015

A popstar parecia estar com muita pressa em sua apresentação na Cidade do Rock.

Filme: Ridiculous 6

Machista e racista ao último nível, Ridiculous 6 se propõe a fazer uma paródia de faroeste e falha miseravelmente ao ofender seu telespectador.

Filme: Cinquenta Tons de Cinza

Um filme sobre sexo selvagem feito para o mesmo público que compra as páginas de sexo lacrado da revista Nova, mas transa com a luz apagada. A pior parte, fora os diálogos risíveis e o retrato doentio do que é um relacionamento amoroso, é o filme ter feito US$ 570 milhões em bilheteria (para um orçamento de US$ 40 milhões) e ter duas continuações encaminhadas.

E para você, quais são os melhores e os piores de 2015?

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