quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Stan Lee estava trabalhando em uma série para a TV nos últimos anos

Um policial indígena descobrindo poderes e lidando com vulnerabilidades



Stan Lee nunca deixou de criar e dedicou seus últimos anos de vida a escrever uma nova série de TV.  Confira alguns detalhes abaixo.

O quadrinista estava trabalhando nessa produção que contaria a história de um policial indígena com super poderes, onde um ator inclusive já teria sido cotado e ser o favorito para o papel, segundo Kevin Gillis, produtor que nos conta a história sobre a jornada de produção, encarregado de ajudar Stan Lee a tornar a série realidade. O curioso sendo que, mesmo com a popularidade de Lee, o projeto ainda não conseguindo sair das páginas, uma vez que as emissoras canadenses não demonstraram interesse.

Intitulado como "Stan Lee's The Chosen" (O Escolhido de Stan Lee), a série traria desde a sua ideia e concepção, a história de um homem indígena de origens xamânicas que decide deixar sua reserva e se tornar um policial em Toronto, no Canadá.

O oficial veria sua vida dar uma reviravolta, quando descobre que, com a morte de seu pai, ele se torna o próximo com o dever de se tornar xamã e receber os poderes de seus ancestrais. Assim, Stan planejava traçar conexões e contratastes entre a vida na cidade e a herança espiritual do nativo.

Em entrevista ao Huffington Post, Gillis explica que diferente dos tantos personagens de Lee, a ideia para o protagonista não era conter uma super força ou habilidade de voar, e sim, ter vulnerabilidades:

"Stan sempre foi muito claro, ele não queria que o personagem voasse, ele queria que ele tivesse vulnerabilidades… o único poder que ele tinha era poder ver as coisas segundos antes de acontecerem."

Ainda de acordo com o produtor, como mencionado anteriormente na introdução da notícia, a produção já teria um escolhido, com o canadense Adam Beach (o Slipknot, de Esquadrão Suicida), estrelando o programa.

O editor da Marvel Comics era completamente apaixonado por essa história, pois tinha pensado nela anos antes para um quadrinho nunca publicado. Nos seus últimos anos de vida, o roteirista tentou então resgatar essa ideia e transformá-la em uma série para TV.

Stan Lee estava determinado a fazer a série acontecer e chegou a participar de diversas reuniões para tirá-la do papel. Mesmo quando não estava em sua melhor condição física, ele fez questão de gravar vídeos falando da série para emissoras de TV canadenses, que não teriam se interessado. Algumas emissoras europeias demonstraram interesse, mas os dois não conseguiriam financiar o processo por completo.

A mensagem que foi gravada para os executivos falava sobre a importância pessoal de Stan Lee em conseguir produzir "The Chosen".

Apesar de tudo, Kevin Gillis afirma que ainda está tentando fazer a série acontecer.

Stanley Martin Lieber nasceu em Nova York no dia 22 de dezembro de 1922. Filho de imigrantes judeus da Romênia, Lee cresceu sonhando em escrever “O Grande Romance Americano”, denominação que se dá para os clássicos imortais da literatura dos EUA. Na adolescência, trabalhou escrevendo obituários para uma agência de notícias da cidade e releases de imprensa para o Centro Nacional da Tuberculose.

Sua carreira nos quadrinhos começou em 1939, quando ele conseguiu um emprego como assistente de escritório na Timely Comics, editora que publicava HQ's e histórias pulp. Na época, suas funções eram banais: ele tinha de repor vidros de nanquim para os artistas e apagar esboços de páginas finalizadas. Em 1941, veio a primeira oportunidade de Lee escrever algo para um quadrinho: o texto de abertura de Capitão América #3.

Martin Goodman, editor da Timely na época, ficou fascinado com as habilidades de Lee e deu a ele a chance de escrever o roteiro de uma HQ que seria lançada em caso de um buraco no cronograma da editora. E então surgiu Headline Hunter, o Correspondente Internacional. Nos anos seguintes, Stan precisou se afastar da Timely por conta da Segunda Guerra Mundial - ele voltaria a trabalhar na empresa somente no final dos anos 50.

Em 1960, a DC estava liderando as vendas de quadrinhos com o Flash e a Liga da Justiça. Goodman então pediu para que Stan criasse um grupo de super-heróis ao lado de Jack Kirby. Os dois conceberam o Quarteto Fantástico em 1961, que logo passou a ser um sucesso de vendas, recebendo diversos elogios do público. Nesse mesmo ano, a Timely passou por um processo de reformulação de marcas e foi rebatizada com o nome que todos conhecemos: Marvel Comics.

Nos anos seguintes, Stan Lee idealizou diversos personagens que se tornaram peças fundamentais da cultura pop em geral e tudo o que amamos e consideramos "nerd", responsáveis pela grande "experiência" e criação do próprio site em que visita. Simplesmente, por ter realizado ao lado dos melhores artistas que estiveram nesse mundo, a criação do Quarteto Fantástico, Homem-Aranha, X-Men, Doutor Estranho, Hulk, Homem de Ferro, Thor e os Vingadores.

Além de definir completamente a indústria criativamente, Stan mudou a forma como o público encarava os quadrinhos, criando um senso de comunidade entre os fãs e interagindo diretamente com eles através da coluna Stan’s Soapbox.

De tudo que o Experiência Nerd significa e alcançou, diretamente de seu fundador: "Desejamos que Stan Lee, descanse em paz, ao lado de sua esposa."

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